quinta-feira, 1 de outubro de 2009

um depoimento - sobre uma coisa - provido de clichês pomposos

os dias nublados (antes, preferidos) já não alegram tanto. ansiosa e cheia de remelas e babas secas, toda manhã abro a janela devagar, na esperança de que o canto desses pássaros-que-não-sei-de-onde-vêm homenageie um céu azul e limpo. e simples. e luz e raios. é. às vezes o canto é para aquilo que não vejo. sinto, só. e me vale como o grande e misterioso tudo. grande, na plenitude. misterioso-devo perguntar de raízes ou de futuro? não pergunto nada de nada, não necessito de razão ou resposta crua. ah, vá, não quer saber? se soubesse o que sinto, saberia o tanto de tudo, enfim. o que sei é que os dias de sol são meu desejo, finalmente. minha vontade diária de que a natureza chegue aos pés do brilho que mora em mim, sim. há as noites aqui dentro também. não têm o peso da palavra (essa palavra pesa num sem-sentido que não sei, sabe...). têm o mesmo céu limpo do dia; outros astros protagonizam.
dias de sol, venham abraçar os iguais a vocês aqui de dentro.

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