terça-feira, 6 de outubro de 2009

recostei-me no tronco ancião que estava pertinho dali, de mim. uns respingos ainda vinham, mas já dava pra repousar. esse céu, por que chora tanto? por que tão cinza? como pode coisa qualquer ser tão cinza? cansei de ficar sentada. chora em mim, então! vamos, vamos, choro com você. um tipo de levitação. e não é que essa coisa que fechar os olhos faz mesmo diferença? você chora cinza, eu choro negro. tá bom, não? levitação. mais um tequinho de vôo, vento, pó. nenhum. como é bom voar, meu deus! meu negro não é negro, não. me faz ver tudinho. mas olha só...! enxugando as lágrimas sem nem soluçar. que orgulho! posso abrir os olhos? hein? vai me mostrar agora coisa bonita? tava tudo escondido no cinza, que eu sei. espero mais um pouquinho. que encanto... brisa secando lágrima, nem uso mão. cheiro bom de terra... e então? posso?
gente! quanto lindo! quanto tudo! quanto arco-íris! quanto bonito-demais! me dá um abraço?

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